Instrução de Trabalho para Cuidados com o Cateter PICC
1. Objetivo
Padronizar a rotina de passagem de PICC, para pacientes que necessitem de terapia intravenosa prolongada, que esteja sem condições em rede venosa periférica para punção periférica, uso de drogas com PH extremo, - Hemocomponentes (para cateteres acima de 4 Fr) ou osmolaridade superior a 500 mmol.
2. Introdução
O cateter venoso central de inserção periférica (PICC/ CCIP) é um dispositivo intravenoso inserido através de uma veia superficial da extremidade, o qual progride até a veia cava superior ou inferior, adquirindo características de um cateter central. Este dispositivo possui um ou dois lúmens, é longo, flexível, radiopaco, feito com material. bi estável e bi compatível.
3. Critérios de elegibilidade
Critérios de inclusão:
Pacientes com indicação de terapia intravenosa prolongada, rede venosa prejudicada, uso de drogas hiperosmolares, PH extremo, NPT e Quimioterapia.
Critérios de exclusão:
Presença de edema, hematoma, tromboflebite, flebite e extravasamento químico no local a ser puncionado; Lesão ou infecção cutânea ou do tecido subcutâneo na área próxima ao local proposto para. Nas alterações anatômicas que possam impedir a progressão do cateter (punções venosas prévias, dissecções, lesões ou cirurgias prévias que possam ter alterado a anatomia venosa ou o retorno venoso e malformações). Ex: Alterações neurológicas, ortopédicas ou vasculares (membros paréticos ou com fístulas arteriovenosas, veias esclerosadas).
4. Responsabilidades
- Enfermeiros Assistências / Enfermeiros Insertadores.
5. Definições e siglas
1. Insertador: substantivo masculino Enfermeiro Implantador do cateter PICC.
2. Enfermeiro Assistencial: substantivo masculino Realizador de cuidados: Manutenção, Curativo e Avaliação.
6. Descrição do Protocolo.
1.A Enfermeiro avalia critérios de elegibilidade, onde verificará condições para a implantação, utilizará aparelho de ultrassonografia para escolha do vaso e calibre do cateter, assim como número de lúmens (escolha realizada conforme necessidade e número de drogas a administrar concomitantes).
2.b. Limitações
- Difícil acesso venoso periférico;
- Doença cardíaca com edema (risco de sobrecarga volêmica);
- Diabetes (neuropatia periférica);
- Distúrbios de coagulação;
- Imunossupressão;
- Mastectomia – Circulação comprometida devido ao esvaziamento axilar;
- Obesidade – veias profundas e de difícil acesso.
7.a Orientação e esclarecimento do paciente /familiar sobre a inserção do picc.
Após a decisão de inserir o PICC, orientar o paciente/familiares sobre a necessidade da
passagem do cateter, seus riscos e benefícios, esclarecer as dúvidas e registrar na evolução de
enfermagem.
8. COMPLICAÇÕES.
8.1 – Complicações imediatas
Dificuldade de progressão do cateter; Sangramento; Hematoma; Arritmia – por mal posicionamento da ponta do cateter; Punção arterial; Dano e estimulação nervosa; Embolia gasosa; Transfixação do vaso; Fratura do cateter.8.2 – Complicações tardias
Flebite mecânica – técnica inadequada; Flebite química – medicações irritantes, diluições inadequadas, infusões rápidas; Flebite bacteriana – preparo inadequado da pele, manipulação inadequada, contaminação do cateter; Celulite; Infecção de corrente sanguínea; Fratura do cateter com possível embolia por fragmento; Obstrução do cateter; Trombose venosa;